Showing posts with label Cambodia. Show all posts

A new country in my heart

As our trip continues East we reach the Kingdom of Cambodia. At the border with Thailand one can already tell that change is coming. Cambodia is exceptional. On our way to Siem Riep I started noticing a few things, the most obvious is poverty. Infrastructure is precarious and Sorry Villages are everywhere. The locals are skinny, short, sun scorched skin and usually boasting a big friendly smile. Laughter is rather common. And that surprised me.
The real Cambodia.

Butcher. No ice or soap anywhere near.

Lotus farm. You can eat the seeds as snacks. They are supposed to be sweet.

Alligator farm. These bad boys are worth a lot of money.

The base of the continent: rice!

Biking trough the county side.


More than just a warning, a life philosophy around here.

Siem Riep is an aberration. The good kind, mind you. A Westerner can find almost anything it misses. The temples of Ankor Wat, Ankor Thon and etc are as magnificent as expected. I struggled to imagine how the temples would look like on their glorious days. There's simply no frame of reference in my mind. When I went to Rome a few years ago, I could imagine myself fighting with Russell Crow on the arena of the Colosseum while thousands of people cheer for blood as a vicious tiger is about to join the show. Hollywood creates a lot of good content for a few selected civilizations, even fantasy (Thank you Peter Jackson), some times over and over again ( Hercules again?!) instead of trying new things. I'm pretty sure the ancient Khmer empire is full of amazing material for movies, series, games, books and what have you. I hope somebody make it happen and we have something fresh.
Marvelous temples

Protectors of sacred temples: Lion & Naga

Angkor Wat sunrise

Honeymooning?

This tree need stones to grow big

Apsaras everywhere. Symbols of party!

The coldest Strangling Ficus of the forest

Selfie with the stoner face!


The Chinese Tourist Horde was there, celebrating their New Year. They have money, are hungry, are thirsty, armed with selfie sticks, taking pictures with their tablets, swarming over everything, their buses crowd parking lots and clog small streets. They are unstoppable and I'm afraid they'll take over the world before I'm ready.
Happy Chinese New Year! Goat!

They kind of become the attraction

Where do all these picture go?
Goats decoration on a Christmas-like tree

Thankfully the Horde was not in Battambang, a quite little town in the west but with two truly unique experiences: the bamboo train and the bat cave. The former is an one hour tourist trap. But it's loud, shaky and fast: one of my definitions of fun! The latter is a nature show off, millions of bats flying out of their nest in search of food. It takes more than one hour for all the bats to fly out and as they cluster in the sky you start to wonder if you're seeing the Black Smoke of Lost. Pro tip: climb up to the giant Buddha face on the rock for a perfect view and no bat pee.
Riding the baboo train is awesome!

Fast, shaky and loud: fun!

Huge Naga sculpture

Made out of recovered guns and firearms

Bats, millions of hungry bats

Buddha statue overlooking the valley

Já ganhou!

Sorry, today the post is in Portuguese. Started the notes in Portuguese and couldn't translate it anymore. Good luck using Google translator...

Para mim, o Camboja já ganhou. Pela comida, pelas pessoas, pela simplicidade, pela ruralidade, pela(s) beleza(S) natural(ais). Acho que principalmente pela simplicidade. 

Chegamos a Siem Riep depois de 30h de viagem (barco, autocarro, mini-van, carro), que correu bem, não tivessem uns tailandeses tentado nos "roubar" uns trocados na fronteira - drible de eu faço o visto por vocês e vocês não perdem o próximo autocarro para Siem Riep. Acabamos por ser driblados um pouco mais à frente, conscientemente.  Pagar um extra para chegarmos mais cedo ao destino era tudo o que queríamos depois de tanta hora na estrada...

À medida que nos embrenhávamos mais e mais no país o ritmo ia claramente mudando: os carros já não andavam como loucos, as bicicletas igualavam em número as motas, as pessoas sorriam um pouco menos mas continuavam de sorriso fácil. O sol escaldava ainda mais e a pobreza era escandalosamente maior. A simplicidade aumentava.

Chegamos à nossa guesthouse sem água quente, com muitos mosquitos mas com um staff sorridente e super amigável. Localizados bem no centro da cidade, rápido percebemos que estávamos numa outra fase da nossa viagem - o Camboja é diferente e nós teríamos que nos adaptar a esta nova realidade. Será que ia ser simples?!

Fizemos as partes turísticas, templos de  tuk-tuk, Angkor Wat ao amanhecer, show de dança de apsara (dança tradicional), comemos amok (cozinhado feito em folhas de bananeira) e caril de galinha (o meu favorito até agora foi o da nossa guesthouse, de longe!!! Tão bom que me queimou o céu da boca :)). Fizemos ainda uma visita aos campos de arroz, quintas de lotus e crocodilos e espreitamos o mercado local. Fora do turístico normal, alugamos bicicletas e deixamo-nos levar pela confusão do trânsito da cidade, perdemo-nos pelas estradas de areia, encontramos crianças sorridentes e faladoras. 
Turístico ou não, tudo é simples, bonito, autêntico e pobre. 
Coincidência ou não, foi em Siem Riep que passámos mais tempo até agora. Era engraçado ver a cara do staff quando perguntávamos pela manhã: "podemos ficar mais uma noite?!".







Depois deixámo-nos levar por um fim-de-semana em Battambang, a 4h de distância de Siem Riep, é uma antiga cidade colonial francesa, com a sua influência clara - o francês é mais frequente que o inglês, há baguetes em quase todos os carrinhos de comida e nas ementas dos restaurantes. 

Simples (olha a novidade!), cheia de crianças, menos turistas, Battambang também tem coisas únicas: Uma caverna de morcegos que ao final do dia saem da sua casa e dão ao céu um misto de pintura e absurdo. Há também um comboio de bambu, que de comboio só tem as linhas e pessoas maravilhosas! O Xim é um exemplo disso, contou-nos que pouco recebe ao trabalhar como professor inglês e física mas que não desiste dos seus alunos. "Nunca!", diz ele. Passa a semana longe de casa, em outra cidade, e o que lhe dá mais satisfação é saber que está a ter impacto positivo nos seus alunos e principalmente por lhes estar a proporcionar o mesmo que um dia ele teve também - acesso ao conhecimento. Muito inspirador, mesmo!



Mergulhamos em Phnom Pehn, depois de uma semana no Camboja. Como capital de um país, é cheia de tudo. Prédios altos, lixo muito lixo, pessoas com pressa, muitas marcas da guerra que arrasou o país até à bem pouco tempo...e um caos organizado à sua própria medida.
Na primeira noite fugimos disto tudo e entramos num shopping - a sensação que tive foi que tinha sido ejectada do Camboja. Parecia que estava no Colombo em Lisboa, mas a praça de alimentação tinha caracteres japoneses (havia ali alguma ligação com o Japão que não tentei entender), mas de resto tudo era igual. Acabamos por matar a vontade de ir ao cinema e experimentamos uma sessão 4D - filme terrível, experiência engraçada!
Nos dias seguintes deixamo-nos levar pelas tristes marcas da guerra civil, com o seu ápice na era dos Khmer Rouge (1974-1979) onde quase 2 milhões de Cambodianos foram assassinados. Fomos visitar a intensa e dolorosa prisão onde os presos eram detidos e torturados, assim como o descampado onde eram enterrados depois de sentenciados à morte por crimes que não tinham cometido. 
Vale a pena ler e descobrir um pouco mais desta história que teima em não ser diferente de país para país, de década para década - e infelizmente se repetir sem pudor nem perdão.


Estávamos preparados para Phnom Pehn ser mau, muito pior do que foi na realidade. Mas três dias e estávamos prontos para seguir viagem - já com o visto do Vietnam no bolso. Se passarem por estas bandas, vão ao mercado russo, caminhem pelo rio e deixem-se levar pelas cores das coisas - vale a pena!




É o Vietnam que nos espera agora e eu nem sei bem o que esperar...vou ser certamente surpreendida tal como fui com o Camboja, que já tem um lugar especial no meu coração, simplesmente pela sua simplicidade.